A Polícia Científica do Paraná (PCP/PR) iniciou nesta terça-feira (5) sua participação na edição 2025 da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. A ação, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), tem como objetivo estimular a doação de material genético por parte de familiares de desaparecidos. As amostras serão integradas ao Banco Nacional de Perfis Genéticos para análises comparativas com dados de pessoas falecidas ainda não identificadas ou de indivíduos vivos sem identificação formal. A campanha segue até o dia 15 de agosto.
O lançamento oficial ocorre no Palácio da Justiça, em Brasília (DF). “A campanha se soma a um trabalho contínuo que o Governo do Estado vem realizando, com investimentos em tecnologia, estrutura e ampliação de equipes da Polícia Científica”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira. “Essa atuação integrada, aliada à competência dos profissionais e modernização dos processos, fortalece as forças policiais e aprimora todo o sistema de segurança pública.”
Com o uso de métodos científicos avançados, a coleta de DNA aumenta significativamente a chance de localizar e identificar pessoas desaparecidas. A iniciativa é coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e envolve laboratórios de genética forense, delegacias especializadas e órgãos estaduais. A ação também inclui uma força-tarefa para acelerar análises de perfis genéticos pendentes.
O diretor-geral da Polícia Científica do Paraná, Luiz Rodrigo Grochocki, ressaltou a importância da participação das famílias. “É vital que os familiares procurem nossas unidades para realizar a coleta. Esse gesto pode ser o elo que falta para encontrar alguém e encerrar anos de incertezas. A ciência tem um papel crucial nesse processo”, declarou.
No Paraná, todas as unidades da Polícia Científica estarão aptas a realizar a coleta de DNA durante a campanha. Para participar, os familiares precisam apresentar um boletim de ocorrência de desaparecimento registrado em qualquer estado, além de seus documentos pessoais.
Esta é a terceira edição da campanha. Em 2024, foram coletadas 1.645 amostras, o que resultou em 35 identificações no Brasil. No Paraná, duas identificações foram feitas, incluindo um caso que utilizou o cruzamento de dados entre estados.
Entre os dias 25 e 28 de agosto, Curitiba sediará um encontro nacional promovido pela Polícia Científica do Paraná sobre a Política de Busca de Pessoas Desaparecidas. O evento será realizado em parceria com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e reunirá representantes das Polícias Científicas de todo o Brasil para alinhar estratégias e aprimorar práticas relacionadas à identificação de desaparecidos. A atividade faz parte da programação oficial do InterForensics 2025, o maior congresso de ciências forenses da América Latina.