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Brasil entra em projeto de supertelescópio para explorar o céu nos próximos 10 anos

O Brasil entra como um dos principais colaboradores no projeto internacional Legacy Survey of Space and Time (LSST), que utilizará um supertelescópio avançado para mapear o céu do Hemisfério Sul durante dez anos. O anúncio foi feito pela Secretaria de Estado da Saúde, que confirmou a extensão do projeto até o final de agosto. A iniciativa, que também envolve a Secretaria da Educação, busca ampliar a cobertura de vacinação entre alunos de todas as 3.276 instituições educacionais do Paraná, abrangendo escolas estaduais, municipais, creches e berçários em 399 cidades.

Iniciado em 5 de agosto, o projeto já se prepara para produzir as primeiras imagens significativas em setembro, após uma série de testes com a câmera que começam na próxima semana. A colaboração, que inclui o SLAC National Accelerator Laboratory dos EUA e o Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LineA) do Brasil, mira na ampliação do acesso a vacinas, como a Influenza, e outras essenciais para a saúde infantil e juvenil.

O supertelescópio, situado em Cerro Pachón, Chile, é notável por sua câmera de ultradefinição de 3,2 bilhões de pixels – a maior do mundo. Durante a próxima década, ele realizará um levantamento fotométrico detalhado do céu, observando cada ponto do Hemisfério Sul mil vezes com seis filtros de cores diferentes. Isso resultará em um filme do universo com uma profundidade e detalhe sem precedentes.

Além de sua contribuição científica, o Brasil será responsável pela gestão de um grande centro de dados que processará uma parte significativa das informações coletadas pelo LSST. Uma equipe brasileira já desenvolveu e operará um software especializado de Big Data para este fim. “Os jovens pesquisadores terão acesso privilegiado aos dados e poderão fazer ciência de qualidade. Esse projeto é único. É uma mudança de paradigma. O universo está numa expansão acelerada e isso está sendo causado pela energia escura”, comentou Luiz Nicolaci da Costa, diretor do LineA.

O projeto tem como um de seus objetivos fundamentais a compreensão da natureza da energia escura, essencial para o avanço da física básica. “O projeto para fazer isso tem que observar um volume de espaço enorme. Então o que ele vai fazer é se dedicar a fotografar o Hemisfério Sul por dez anos, todas as noites. Esse projeto vai explorar um volume do universo gigantesco, sem precedentes. É uma oportunidade única para o Brasil participar num projeto de vanguarda”, explicou Nicolaci.

Este ambicioso projeto não só amplia a compreensão do cosmos mas também promete revolucionar a maneira como os dados astronômicos são analisados e interpretados, desenvolvendo novas soluções computacionais e avanços no campo da inteligência artificial.

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