Nesta sexta-feira, dia 26, comemora-se no Brasil e em Portugal o dia dos avós. Em homenagem à data, nossa reportagem conta a rotina de Emerson Souza, de 54 anos. Desde que a filha, Vitória, voltou a trabalhar, ele cuida sozinho, em tempo integral, das netas Aurora e Agatha, gêmeas de nove meses.
Emerson, que mora na Colônia Maria José, em Quatro Barras, ajuda a cuidar das netas desde que elas nasceram e diz que, em toda a sua vida, não tinha passado por nada parecido. “A minha filha sai para trabalhar às 6h30, horário em que, geralmente, a Aurora acorda. Então eu a troco, dou mamá e fico brincando com ela. Em seguida, a Agatha acorda. Faço o mesmo com ela e depois brinco com as duas. Às vezes o bicho pega, elas acordam juntas e tenho que fazer tudo ao mesmo tempo para as duas”.
Emerson ainda faz o almoço e cuida da casa. “Depois do café da manhã, elas dormem uma soneca de uma hora a uma hora e meia. Quando acordam, faço papinha de fruta para elas e as colo para brincarem no cercadinho ou no andador. Por volta das 12h30 dou almoço e elas tiram mais uma sonequinha”.
“Acompanhar a evolução delas é uma grande alegria pra mim, pois cada dia é uma novidade”.
Segundo ele, é nesse tempo que lava a louça, coloca roupa para lavar ou secar e assiste um pouco de TV. “Quando acordam, recomeça a rotina: fralda, mamá e brincar, papinha e suco. Aí a Vitória chega e assume as duas, para eu poder fazer café e tratar os cachorros”.
Para Emerson, a maior dificuldade nessa rotina é quando as duas acordam juntas e estão com fome. “Mas acompanhar a evolução delas é uma grande alegria pra mim, pois cada dia é uma novidade. Sinto por não poder ter acompanhado as minhas netas que moram nos Estados Unidos da mesma forma”. Zoe Surrayah Edwards de Souza, de 5 anos, Scarlett Elise Edwards de Souza, de 3 anos, e Levi Augusto Edwards de Souza, de um mês, moram com Vitor, o outro filho de Emerson, que está nos EUA há seis anos.
Ele conta que essa rotina que tem com as netas não pode ter com os três filhos. “Trabalhávamos o dia inteiro e aos fins de semana estávamos mais presentes, mas sempre dividindo as tarefas, de casa e com os filhos, com minha esposa, que é professora”.
Por estar afastado do trabalho por problemas de saúde, Emerson pode dedicar todo o seu tempo às netas, diferente da sua esposa, que ainda trabalha. “A minha filha e o esposo dela moram conosco. Isso também facilita”, explica.
Para Vitória, deixar as filhas com o pai foi a única opção, e, segundo ela, tem dado certo. “Decidi deixar elas com meu pai porque tinha que trabalhar e o pneumologista não as autorizou a irem pra escola ainda, pois nasceram prematuras”.
AMOR SEM MEDIDA
Os campinenses Francisco e Cecília Ribas também curtem ao máximo a convivência com os netos. Eles dizem que o amor aos netos não é maior que o amor aos filhos, mas que é possível amar de maneira diferente. “Amamos e curtimos os netos de maneira despreocupada quanto à educação, por exemplo, já que ela cabe aos pais. Desta maneira podemos amá-los incondicionalmente e sem medida”.
“Os avós têm a função de fazer com que o mundo em que os netos vivem seja mais bonito e repleto de felicidade”.
Eles tiveram quatro filhas – Clariza, Carolina e as gêmeas Carina e Camila – e têm três netos: Heitor, de três anos, João Vicente, de um mês, e Luis Antonio, de 10 anos, que é neto do coração. “Além deles, temos muitos afilhados e afilhadas com idade entre três meses e 45 anos, que são bênçãos em nossas vidas e amamos muito. Sempre que podemos procuramos estar perto, não perdemos nenhuma chance de curtir esses presentes que nos foram dados por Deus”.
Para o casal, os avós têm a função de fazer com que o mundo que os netos vivem seja mais bonito e repleto de felicidade, para que suas escolhas na vida os façam felizes e os tornem pessoas do bem.