WhatsApp
Facebook
Após 20 anos, crime brutal em Campina Grande do Sul leva à nova denúncia e prisão

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu, nesta quarta-feira (30), um homem condenado pelo homicídio de uma mulher de 38 anos e que também passou a responder na Justiça pela morte da filha da vítima, desaparecida aos três anos de idade no mesmo dia do crime. O caso aconteceu em 2005, no município de Campina Grande do Sul. O suspeito foi condenado a 18 anos de reclusão em regime fechado pela morte da mulher. A prisão foi possível agora devido à resolução de recursos que tramitavam nos tribunais superiores desde 2011.

A condenação está relacionada exclusivamente à morte da mulher, que ocorreu após um encontro para tratar de questões ligadas à pensão alimentícia da filha. Paralelamente, a PCPR conduzida uma investigação sobre o desaparecimento da menina. Na ocasião, o caso não gerou denúncia, mas com a proximidade do prazo prescricional, o inquérito foi reaberto. Após revisão técnica e cruzamento de dados, a PCPR coletou novos elementos que permitiram ao Ministério Público oferecer denúncia também pelo homicídio da criança. A Justiça aceitou a denúncia no início de 2025.

O crime envolvendo a criança foi classificado como homicídio qualificado por motivo torpe, uso de crueldade e pela condição da vítima ser menor de 14 anos. Essa tipificação está prevista no Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. Segundo a investigação, na data do crime, a mulher saiu de casa levando a filha para se encontrar com o pai da menina. Dias depois, o corpo da mulher foi encontrado com sinais de execução em uma área de mata, enquanto a criança nunca mais foi vista.

“A prisão e o avanço no segundo inquérito, ainda que em momentos distintos, reforçam o compromisso da Polícia Civil do Paraná com a verdade e com a justiça. Para a família, representam mais do que etapas processuais. São passos fundamentais na busca por dignidade, memória e reparação”, afirmou a delegada Patrícia Nobre Paz, responsável pela investigação.

A reabertura da investigação quanto ao desaparecimento da criança foi liderada pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas da Polícia Civil do Paraná (Sicride), uma unidade especializada nesse tipo de crime. Com base no reexame técnico de informações disponíveis nos autos e no uso de ferramentas modernas de cruzamento de dados, foi possível reunir elementos suficientes para fundamentar a nova denúncia.

A PCPR tem avançado em casos complexos e antigos graças ao uso de tecnologias e abordagens especializadas. O caso da menina reforça que, mesmo com o passar dos anos, é possível reunir provas, responder às famílias e garantir justiça para crimes que marcaram gerações.

WhatsApp
Facebook

Publicações relacionadas

Compartilhe
WhatsApp
Facebook
WhatsApp
Olá, fale conosco!