Um grave acidente envolvendo o tombamento de um caminhão tanque com carga tóxica interditou totalmente a BR-116 Régis Bittencourt, no sentido Curitiba, na cidade de Campina Grande do Sul, no Paraná. O acidente ocorreu na noite de sábado (16), no km 8 da rodovia, sobre a ponte do Rio Trindade. Inicialmente, houve bloqueio total nos dois sentidos. Porém, ainda pela manhã de domingo (17), o trânsito já fluía com lentidão no sentido São Paulo, enquanto no sentido Sul a situação permaneceu crítica.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o congestionamento no sentido Sul chegou a 71 km em Cajati, São Paulo. Dois bloqueios foram estabelecidos: o primeiro próximo ao local do acidente, com filas menores, e o segundo em Cajati. O caminhão transportava ácido acrílico e colidiu com um carro na sequência. Após o acidente, houve um princípio de incêndio controlado pelos bombeiros. O motorista sofreu lesões leves e foi encaminhado ao Hospital Angelina Caron.
Na manhã deste domingo, equipes especializadas deram início à remoção da carga utilizando equipamentos de sucção. A empresa Ambipar, especializada em soluções ambientais, realiza o transbordo do material no local, com escolta da PRF. A retirada da carreta também está sendo acompanhada pela polícia. Desde o momento do acidente, a concessionária que administra o trecho tem mantido os motoristas informados sobre a interdição.
Devido ao bloqueio, muitos caminhões e ônibus de viagem pararam em postos de combustíveis ao longo do trajeto para aguardar a liberação. Os relatos apontam dificuldades como filas em banheiros e a cobrança de preços altos por alimentos nos locais de parada. Em Registro, São Paulo, no Graal Buenos Aires, a situação se repetiu. “Chegamos aqui por volta das 3 horas da manhã. Seria muito perigoso ficar parados na estrada. Saí de São Paulo às 22h e acho que só vamos chegar às 20h. Já tomei café da manhã e almocei aqui no posto, enquanto aguardamos as definições”, contou Kelly Yumi, curitibana que viajava de São Paulo à capital paranaense para visitar os pais.
Kelly relatou ainda que reiniciou a viagem por volta das 18h30 de domingo, após mais de doze horas de espera. Segundo informações de outros motoristas, no local, produtos como água e salgadinhos chegaram a ser comercializados por valores elevados, respectivamente R$ 10 e R$ 30.