Isis Victoria Mizerski, adolescente de 17 anos grávida que estava desaparecida desde o dia 6 de junho de 2024 em Tibagi, foi oficialmente reconhecida como morta pela Justiça do Paraná. A decisão ratifica o encerramento das investigações sobre o caso e representa um novo desdobramento no processo criminal contra o principal suspeito, Marcos Vagner de Souza, apontado como pai do bebê de Isis.
A Vara da Família e Sucessões de Tibagi aceitou o pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR) para declarar a morte presumida da jovem. Segundo a determinação judicial, Isis Victoria foi considerada em situação de perigo de vida no momento de seu desaparecimento, e as operações de busca, que se estenderam por mais de um ano e cinco meses, não obtiveram êxito. O juiz responsável pelo caso ressaltou ainda os indícios sólidos de homicídio, apontados pelo processo em andamento.
Entre os argumentos apresentados para a declaração da morte presumida estão: o risco a que Isis estava exposta no momento de seu desaparecimento; a ampla busca que não resultou em vestígios de seu paradeiro; a ausência de informações concretas sobre seu destino desde junho de 2024; e os elementos da investigação criminal que sugerem a ocorrência de homicídio. O magistrado também mencionou o artigo 88 da Lei 6.015/73, que prevê o registro de óbito mesmo na ausência de um corpo em condições de risco comprovado.
Isis Victoria desapareceu no dia 6 de junho de 2024, após ter sido vista pela última vez ao sair de casa para encontrar o vigilante Marcos Vagner de Souza, em Tibagi. Marcos, que é apontado como pai do bebê que Isis esperava, se encontra preso preventivamente desde a data do desaparecimento. O suspeito nega envolvimento no crime. Em dezembro de 2024, após depoimentos de 17 testemunhas e do próprio acusado, a Justiça determinou que ele será julgado em júri popular.
Carina Goiotá, advogada que representa a família de Isis Victoria, esclareceu que o reconhecimento legal da morte da adolescente autoriza a emissão da certidão de óbito e reforça juridicamente que não há dúvidas sobre o destino trágico da jovem. Esse reconhecimento pode ter impacto direto no julgamento do acusado.
Marcos Vagner de Souza responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e aborto provocado sem o consentimento da vítima. Até o momento da publicação desta matéria, não há data definida para o julgamento no Tribunal do Júri.







