O Governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), destaca a importância do acompanhamento integral da mulher em todas as fases da vida, incluindo o climatério, que é o período de transição do estágio reprodutivo para o não reprodutivo. Este intervalo inclui a pré-menopausa, a menopausa (última menstruação) e a pós-menopausa. Durante o climatério, ocorre uma diminuição das funções ovarianas, tornando os ciclos menstruais irregulares até cessarem completamente. A menopausa, em geral, acontece em média aos 50 anos, enquanto o climatério começa por volta dos 40 anos e pode se estender até os 65 anos.
O Sistema Único de Saúde (SUS) do estado oferece suporte abrangente às mulheres nesta fase por meio de consultas de rotina, exames preventivos e acompanhamento médico, incluindo tratamentos para sintomas associados, como osteoporose e câncer colorretal. A rede estadual também disponibiliza medicamentos e um atendimento ginecológico direcionado. “Essa fase da vida exige cuidado e atenção. Procuramos, permanentemente, aprimorar esses serviços no SUS. Temos como uma das prioridades o desenvolvimento da Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da Mulher, com ações que organizam o atendimento da população feminina em todas as etapas da vida”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
As mulheres recebem atendimento especializado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que são a porta de entrada para o cuidado integral, com equipes multiprofissionais compostas por médicos, enfermeiros e psicólogos. As pacientes são orientadas sobre os tratamentos disponíveis e a melhor abordagem para seus casos.
Segundo Carolina Poliquesi, chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher da Sesa, o Paraná segue os protocolos da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e as diretrizes do Ministério da Saúde. “A linha de cuidado integral à saúde da mulher está prevista no Plano Estadual de Saúde como uma meta, com suas respectivas ações. Especificamente sobre o climatério, as mulheres viverão esta fase de forma diversa, ou seja, dependendo de onde se encontram”, explica Carolina. “As mulheres que estão no meio urbano, no meio rural, as mulheres privadas de liberdade, as mulheres com deficiência, por exemplo, precisam ser vistas na sua respectiva característica, com um cuidado integral a cada uma delas”, acrescenta.
De 2022 a 2024, houve um aumento significativo no número de atendimentos relacionados ao climatério realizados por médicos e enfermeiros no Paraná. Foram registrados, no total, 102.491 atendimentos neste período. Em 2022, foram 28.741, enquanto em 2023 o número subiu para 34.746, e em 2024 atingiu 39.004 atendimentos de mulheres entre 40 e 65 anos.
“Muitas mulheres vivenciam o climatério sem sintomas relevantes ou necessidade de tratamento. Outras apresentam sinais de diferentes formas e intensidades. Em todos os casos, é essencial o acompanhamento profissional”, destaca Carolina.
Além do acompanhamento médico, práticas como exercícios físicos, alimentação saudável e a melhoria da qualidade do sono são recomendadas para aliviar os sintomas. As mulheres no climatério podem vivenciar sinais como ondas de calor com transpiração, tonturas e palpitações; suores noturnos; alterações no sono e de humor, como irritabilidade e depressão; mudanças nos órgãos sexuais, incluindo secura vaginal e desconforto nas relações; alterações na pele e cabelos; aumento da gordura no sangue; osteoporose; dores articulares; e ganho de gordura abdominal. Esses sinais revelam a necessidade de um cuidado integral e de estratégias personalizadas para assegurar o bem-estar durante essa fase da vida.