O julgamento de Tânia Djanira Melo Becker, acusada de matar sua filha Andréa Rosa de Lorena em 2007, acontece nesta quinta-feira (18), a partir das 8h, no Fórum de Campina Grande do Sul, no Paraná. Tânia foi presa em Marilândia do Sul, em maio de 2022, após o caso ganhar repercussão no programa Linha Direta, da TV Globo. Ela estava foragida havia 17 anos.
De acordo com o Ministério Público (MP), Tânia teria cometido o crime para obter a guarda do neto. A jovem foi morta por asfixia após um almoço em sua casa, localizada na cidade de Quatro Barras. O padrasto da vítima, Everson Luís Cilian, também é réu no processo e está preso sob acusação de envolvimento no crime.
A defesa de Tânia sustenta sua inocência. “Tânia é hoje uma idosa, com a saúde debilitada por tudo que já teve de enfrentar em sua trajetória. Ela reitera sua inocência e busca provar que a morte de sua filha foi uma tragédia que impactou a vida de forma desproporcional e injusta de todos os envolvidos”, afirma a nota assinada pelos advogados Marcos Pavinato, Peter Kelter, André Felipe Marques, Débora Ribeiro e Marcelo Jacomossi.
Na reconstituição dos fatos, Tânia e seu então companheiro, Everson, foram visitar Andréa, que havia se mudado para Quatro Barras com o marido, Juliano Saldanha. Durante um almoço em família, Juliano precisou sair para trabalhar. Quando retornou, encontrou Tânia e Everson em casa com as crianças, mas Andréa não estava. A sogra afirmou que a filha havia saído com a irmã.
Logo depois, Everson alegou que estava passando mal e pediu para ser levado ao hospital. No local, Juliano começou a suspeitar do casal e voltou rapidamente para casa. No entanto, ao chegar, não encontrou as crianças nem Tânia. Ele acionou a polícia, que iniciou buscas, mas não localizou Andréa, as crianças ou a acusada naquela ocasião.
Horas depois, ao preparar o quarto para dormir, Juliano encontrou o corpo da esposa escondido debaixo da cama, com um fio enrolado no pescoço. Segundo o Ministério Público, Tânia e Everson são apontados como os responsáveis pelo crime. A acusada nega todas as acusações.