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Horário de verão volta à pauta em meio a bandeira vermelha e custos recordes de energia

Às vésperas do início da primavera, o Governo Federal ainda não definiu se o horário de verão será retomado em 2025, mas a possibilidade não está descartada. A prática de adiantar os relógios em uma hora durante os meses mais quentes do ano não é aplicada desde 2019. O tema foi mencionado no Plano de Operação Energética de 2025 (PEN 2025), divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O documento avalia as condições de suprimento de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) entre 2025 e 2029. Em julho, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou em entrevista à TV Globo que a decisão oficial deveria sair até setembro, mas ainda não houve posicionamento.

Tradicionalmente, o horário de verão tinha como principal objetivo reduzir o consumo de energia elétrica ao aproveitar melhor a luz do dia. Hoje, a avaliação é mais complexa e considera fatores como os níveis de chuva, que influenciam a geração nas hidrelétricas, além do crescimento de outras fontes de energia. De acordo com o ONS, a medida pode contribuir para ampliar o uso de energia solar e eólica e aliviar a demanda nos horários de pico. A decisão final, no entanto, cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve basear-se nos relatórios técnicos do setor energético. Se for adotado, o horário de verão valerá da zero hora do primeiro domingo de novembro (16) até a zero hora do terceiro domingo de fevereiro (15) do ano seguinte, em parte do território nacional.

Enquanto a definição não chega, os brasileiros convivem com tarifas mais pesadas. Desde agosto, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mantém a bandeira vermelha no patamar 2, o mais caro do sistema tarifário. Isso representa um custo adicional de R$ 7,87 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. É o terceiro aumento neste ano. Em junho e julho, também vigorou a bandeira vermelha; em maio, foi aplicada a bandeira amarela, que acrescentou R$ 1,88 à fatura. Apenas entre janeiro e abril houve alívio, com a bandeira verde, que não gera cobrança extra.

Mesmo que volte a ser adotado, o horário de verão não garante economia direta para o consumidor. O modelo funcionava melhor quando a iluminação elétrica representava a maior fatia do gasto domiciliar. Atualmente, os principais vilões da conta de luz são os eletrodomésticos de maior potência. Entre outubro e fevereiro, o destaque são os aparelhos de ar-condicionado, cujo uso cresce justamente no fim da tarde e início da noite, quando as temperaturas estão mais altas.

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