Boletim do InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (28) aponta aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 nos estados do Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Paraíba, embora o impacto nas hospitalizações permaneça limitado. Segundo o estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os casos graves da doença continuam baixos em âmbito nacional.
No Amazonas, o crescimento de casos se concentra em crianças pequenas, sendo atribuído, em sua maioria, ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR). O estado é o único que ainda apresenta aumento de SRAG associado ao VSR no país. Já no Distrito Federal, Mato Grosso e Goiás, o aumento dos casos ocorre principalmente entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos, impulsionado pelo rinovírus.
Na região centro-sul, observa-se aumento de SRAG na faixa etária de 2 a 14 anos, com destaque para São Paulo, onde o crescimento é particularmente significativo. Situação semelhante tem sido registrada em alguns estados do Nordeste e no Amapá.
“Por conta do aumento, caso crianças e adolescentes nessa faixa etária apresentem sintomas de gripe ou resfriado, devem ficar em casa e evitar ir à escola, a fim de evitar transmissão do vírus para outras crianças. Idosos e imunocomprometidos devem tomar a vacina contra a covid-19 a cada 6 meses. Os demais grupos de risco, como pessoas com comorbidade, precisam tomar doses de reforço uma vez ao ano”, recomenda a pesquisadora do InfoGripe Tatiana Portella.
Em nível nacional, o boletim indica uma possível queda na tendência de longo prazo nas últimas seis semanas, enquanto a tendência de curto prazo aponta aumento nas últimas três semanas. Até o momento, o ano epidemiológico de 2025 registrou 163.956 casos de SRAG, dos quais 87.741 (53,5%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 56.822 (34,7%) foram negativos e ao menos 8.757 (5,3%) continuam aguardando resultado laboratorial.