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Queda nos preços do feijão e arroz beneficia consumidores no Paraná, mas inflação geral preocupa

Os preços do feijão e do arroz registraram quedas significativas desde o início do ano no Paraná, trazendo alívio para o bolso dos consumidores. Contudo, a inflação de outros produtos continua em alta.

De acordo com o Boletim da Inflação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR), o feijão preto apresentou uma redução acumulada de 29,47% entre janeiro e julho de 2023. O arroz também apresentou queda, com recuo de 17,63% em Curitiba. Esse movimento é o maior entre os alimentos monitorados pelo IBGE na capital, e reflete uma tendência percebida em todo o estado. Dados do Ipardes mostram que, nos últimos 12 meses, o feijão preto teve queda de 27,51% em seu preço, enquanto o arroz branco caiu 22,29%. No Paraná, essas quedas são mais acentuadas do que a média nacional.

Segundo Lucas Dezordi, assessor econômico da Fecomércio-PR, uma combinação de fatores contribuiu para a redução nos preços desses alimentos básicos. “A boa safra, o clima favorável e a redução nos custos de produção, especialmente em insumos e transporte, explicam a queda expressiva no preço do feijão e do arroz neste ano. No caso do arroz, a estabilidade cambial também ajudou a conter custos de importação”, destaca Dezordi.

Apesar da queda de preços, ainda há variações entre os estabelecimentos. Com base no sistema Menor Preço Paraná, criado pelo Governo do Estado para auxiliar os consumidores na busca por melhores preços, os cinco estabelecimentos com o feijão preto mais barato em Curitiba são:

– Mercado MDE – R$ 3,99 (Rua Cel. Adv. Jose Biancini Moraes, 253 ‒ Tatuquara)
– Mini Mercado Ciatos – R$ 3,99 (Av. João Gualberto, 1015 ‒ Alto da Glória)
– Povão Embalagens – R$ 4,55 (Rua João Negrão, 340 ‒ Centro)
– Bev Distribuidora – R$ 4,55 (Av. Sete de Setembro, 2025 ‒ Jardim Botânico)
– Lacto Minas – Comércio de Frios – R$ 4,59 (Rua Gal. Carneiro, 1329 ‒ Alto da Glória).

Já os menores preços para o quilo do arroz branco são encontrados nos seguintes endereços:

– Lacto Minas – R$ 3,85 (Rua Gal. Carneiro, 1329 ‒ Alto da Glória)
– Mercearia da Gula – R$ 3,99 (Rua Prefeito João Moreira Garcez, 106 – Centro)
– Pophouse – R$ 4,00 (Rua Mariano Torres, 948 ‒ Centro ‒ Curitiba)
– Mercearia Empório São José – R$ 4,99 (Rua Comendador Araújo, 731 ‒ Centro)
– Bev Distribuidora – R$ 4,99 (Av. Sete de Setembro, 2025 ‒ Jardim Botânico).

No entanto, o alívio nos preços dos alimentos essenciais contrasta com a inflação geral, que continua subindo. Em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) avançou 0,26% em nível nacional e 0,33% em Curitiba. Nos últimos 12 meses, a capital paranaense registrou uma inflação acumulada de 5,15%, ligeiramente abaixo da média nacional de 5,23%.

Dezordi avalia que, apesar da expectativa de desaceleração da inflação em 2025, o índice deve se manter acima da meta. “Essa queda expressiva no preço de alimentos essenciais ajuda a aliviar o orçamento das famílias, especialmente em um cenário de custos elevados”, comenta o economista.

O boletim da Fecomércio-PR também destaca os alimentos que mais sofreram alta de preços em Curitiba no mês de julho. Entre eles estão:

– Pepino: +43,37%
– Tangerina: +22,07%
– Passagem aérea: +21,52%
– Banana-d’água: +9,18%
– Melancia: +8,43%.

Por outro lado, além da queda no preço do feijão e do arroz, outros produtos registraram redução significativa, como:

– Batata-inglesa: -21,24%
– Cebola: -20,46%
– Manga: -13,62%.

A Fecomércio-PR pontua que há uma expectativa de estabilização e até mesmo redução nos preços de carnes e hortaliças nos próximos meses, o que poderia favorecer ainda mais o orçamento das famílias no estado.

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