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Diretor industrial da Enaex fala à imprensa sobre explosão que matou nove em Quatro Barras

Na manhã desta terça-feira (12), uma explosão na unidade da Enaex, em Quatro Barras, provocou a morte de nove trabalhadores e deixou a cidade em choque. No final do dia, o diretor industrial da empresa, Daniel Oliveira, concedeu uma coletiva de imprensa em frente à fábrica, respondendo a questionamentos de jornalistas de diferentes emissoras de TV.

O diretor confirmou que, no momento do acidente, havia máquinas operando no setor atingido, mas destacou que o trabalho no local é feito principalmente por pessoas. Ele afirmou que a empresa não possui histórico semelhante no Brasil e que as causas ainda estão sendo apuradas.

“O dia de hoje foi para apoiar todas as entidades que atuaram dentro da fábrica e, principalmente, para dar suporte aos familiares. Agora vamos trabalhar junto com a CGTAP e também apoiar o processo de investigação. Por enquanto, tudo o que se falar seria precipitado”, declarou.

Questionado sobre registros que possam ajudar a esclarecer a explosão, o diretor explicou que a empresa não dispõe de equipamentos semelhantes a uma “caixa-preta”, como no caso de acidentes aéreos, e que as câmeras de segurança sofreram danos com a explosão, impossibilitando a análise do momento exato do ocorrido.

A investigação, segundo ele, parte de diferentes frentes: ouvir operadores, analisar a manutenção dos equipamentos e avaliar as condições anteriores da planta. As vítimas estavam em início de turno, realizando troca de tarefas, quando houve a explosão.

Sobre o processo de trabalho, o diretor descreveu que a área atingida é responsável pelo envase de explosivos. O produto é aquecido até atingir determinada temperatura, colocado em pequenos invólucros plásticos e, em seguida, embalado. A operação é feita manualmente, com uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e seguindo protocolos de segurança.

“A primeira coisa ao chegar é trocar de roupa, colocar os EPIs e o uniforme adequado. Depois, realizamos o Diálogo Diário de Segurança antes de iniciar o trabalho”, explicou.

Em relação ao contato com as famílias das vítimas, o diretor afirmou que a comunicação foi feita pela equipe de Recursos Humanos da empresa. “É um momento muito triste e pesado para todos nós. Nossa equipe de RH está cuidando desse contato diretamente com os familiares”, disse.

Ele informou ainda que, a partir de amanhã, a empresa iniciará a vistoria das áreas não atingidas para avaliar riscos e liberar, gradualmente, as operações de manutenção e recuperação.

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