A Polícia Civil do Paraná (PCPR) realizou, nesta quinta-feira (31), uma ação para desarticular um esquema de fraudes em licitações públicas que teria causado prejuízos à Prefeitura de Curitiba. Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 18 de busca e apreensão nas cidades de Curitiba, Colombo e Campina Grande do Sul.
A ação, denominada Operação Roçada II, deu sequência às investigações que começaram em 2020, na Operação Roçada I. De acordo com a PCPR, um grupo econômico e familiar, investigado na primeira operação, teria voltado a agir de forma irregular por meio da criação de empresas registradas em nomes de terceiros — conhecidos como “laranjas” — mantendo, de forma oculta, o controle das operações. O objetivo seria evitar sanções legais e viabilizar fraudes em contratos públicos.
Segundo a investigação, desde 2022, essas empresas teriam firmado contratos com o poder público que totalizam mais de R$ 226 milhões. Desse montante, os pagamentos já efetivados ultrapassariam R$ 189 milhões, referentes a serviços como manejo arbóreo e roçada urbana.
Além dos mandados judiciais, a Justiça determinou o bloqueio de bens e valores avaliados em R$ 12,4 milhões dos investigados, bem como a proibição de contratar com a administração pública. “A Prefeitura de Curitiba, enquanto vítima dos crimes, colaborou com as investigações”, destacou a PCPR em nota.
A operação contou com o apoio da Polícia Científica do Paraná. Os materiais apreendidos serão analisados para subsidiar possíveis desdobramentos e novas etapas da investigação.