O Hospital do Trabalhador (HT), em Curitiba, inaugurou um centro cirúrgico que promete aumentar em 44% o número de cirurgias mensais realizadas na unidade. O investimento total foi de R$ 11,7 milhões, financiados pelo Governo do Estado por meio da Secretaria da Saúde (Sesa). A inauguração aconteceu na segunda-feira (2) e contou com a presença do vice-governador Darci Piana e do prefeito eleito de Curitiba, Eduardo Pimentel. Durante o evento, também foi apresentada uma nova enfermaria com 30 leitos, que recebeu um aporte adicional de R$ 2,1 milhões. No total, foram investidos R$ 13,8 milhões nas melhorias estruturais do hospital.
O novo centro cirúrgico inclui cinco salas modernas equipadas com tecnologia de ponta, como uma sala de hemodinâmica dedicada a atendimentos vasculares de trauma. Com essa expansão, o número total de salas operacionais no HT passa de seis para onze. A previsão é de que o volume de cirurgias suba de 900 para cerca de 1.300 procedimentos mensais.
“São quase R$ 14 milhões investidos aqui e que vão aumentar em 44% o volume de cirurgias mensais, além de 30 leitos adicionais de enfermaria, e que se somam a outros hospitais regionais, ambulatórios e obras de ampliação, reforma e melhoria que estão sendo feitas em todo o Paraná para cuidar da saúde da população do nosso Estado”, afirmou Darci Piana durante a cerimônia.
Dentre os R$ 11,7 milhões destinados ao centro cirúrgico, cerca de R$ 5 milhões foram empregues na construção do espaço, enquanto R$ 6,7 milhões foram direcionados à compra de equipamentos avançados. Entre as aquisições estão aparelhos de hemodinâmica, sistemas inteligentes de anestesia, focos cirúrgicos com ajuste automático de iluminação e equipamentos de climatização projetados para minimizar riscos de infecção.
De acordo com Beto Preto, secretário estadual da Saúde, as modificações buscam otimizar a segurança e a precisão dos procedimentos cirúrgicos. “Com a nova estrutura, o HT aumenta a capacidade de atender casos críticos, reforça o status de referência em urgências e emergências de alta complexidade no Estado e confirma o compromisso do Governo do Estado, por meio da Sesa, em qualificar, ampliar e regionalizar saúde da população”, comentou o secretário.
Adicionalmente, foi anunciado que as obras de reforma do Ambulatório Médico de Especialidades (AME), localizado na Avenida Kennedy, serão finalizadas dentro de 90 dias. Segundo Preto, o espaço modernizado contará com tomógrafos e equipamentos de raio-x que permitirão expandir os atendimentos do complexo hospitalar. “O espaço foi remodelado e vai receber equipamentos de tomografia, raio-x, que vão deixar o ambiente adequado para ampliar ainda mais o atendimento do Complexo do Hospital do Trabalhador, que é fundamental sobretudo na área de trauma”, acrescentou o secretário.
A nova enfermaria, com seus 30 leitos, também envolveu o acompanhamento técnico da Secretaria das Cidades (Secid), responsável pela fiscalização e execução da obra. O HT continua a atender mais de 8 mil pacientes por mês em seu pronto-socorro, sendo referência em urgência e emergência não apenas em Curitiba, mas também para dezenas de outros municípios do Paraná. Em 2023, o hospital já realizou 13,3 mil cirurgias, com a maior parte dos pacientes oriundos do pronto-socorro.
O prefeito eleito de Curitiba, Eduardo Pimentel, reforçou a importância da parceria entre a prefeitura e o Governo do Estado nas ações de saúde. “O Hospital do Trabalhador é uma referência nacional no atendimento de urgência e emergência, por isso eu vim aqui para reafirmar o meu compromisso como prefeito da cidade nos próximos quatro anos de que Curitiba permanecerá de portas abertas para receber todos os paranaenses que precisam de atendimento médico”, disse Pimentel.
O diretor-superintendente do HT, Guilherme Graziani, comemorou as inaugurações, apontando que as novas instalações já estão prontas para receber pacientes. Ele destacou a relevância da sala de hemodinâmica para intervenções menos invasivas. “A hemodinâmica vai fazer toda a diferença nos procedimentos relacionados ao trauma, porque muitas vezes cirurgias que hoje são feitas com o tórax aberto, por exemplo, poderão ser feitas com técnicas minimamente invasivas”, explicou Graziani.
