O boletim da dengue divulgado nesta terça-feira, dia 3, pela Secretaria de Estado da Saúde confirma que o Paraná passa agora para o patamar de epidemia, com 44.441 casos confirmados da doença e 113.488 casos notificados. O aumento semanal nos dois indicadores é de 27,32% e de 18,3%, respectivamente.
Os óbitos por dengue também aumentaram nesta semana – de 23 para 30. São sete novos óbitos confirmados que atingem pessoas de várias faixas etárias: uma adolescente de 14 anos, de Marechal Cândido Rondon, portadora de doença autoimune; um homem de 33 anos, de Guaíra, sem comorbidades; uma mulher de 45 anos, de Medianeira, com obesidade e artrose; outra mulher de 45 anos, de Alto Paraná, com hipertensão e lúpus; uma mulher de 66 anos, de Barbosa Ferraz, com diabetes, hipertensão e doença cardíaca; um homem de 72 anos, de Nova Esperança, com doença renal crônica, e um homem de 95 anos, de Colorado, com hipertensão arterial.
A situação de epidemia no Paraná também é confirmada pela incidência que é hoje de 336,21 por 100 mil habitantes. A incidência, no mesmo período, entre 2015/2016 era de 82,9% por 100 mil habitantes.
Municípios
No total, 106 municípios estão em epidemia, 15 a mais que na semana anterior. Estão em situação de alerta para a dengue 47 municípios, 14 entraram para esta relação a partir da publicação do boletim de hoje.
Municípios com maior número de casos suspeitos notificados são Londrina (12.237), Foz do Iguaçu (9.483) e Maringá (6.626). Na região metropolitana de Curitiba, não há municípios com risco de epidemia, mas em oito deles há confirmação da doença: Almirante Tamandaré, Araucária, Campo Largo, Campo Magro, Colombo, Pinhais, Piraquara e Quatro Barras.
Nesta semana a Secretaria está fazendo a distribuição para os municípios de unidades de larvicida (pyriproxyfen), produto usado por agentes de vigilância na remoção de criadouros. A larvicida foi enviada pelo Ministério da Saúde e os municípios receberão de acordo com a necessidade apontada pelo registro de casos e atividades programadas.
Remoção e focos
A ação da Secretaria da Saúde com os municípios de Nova Cantu, Quinta do Sol e Florestópolis diminuiu substancialmente os índices de focos e infestação do mosquito da dengue. A remoção mecânica, em contramão à utilização de produtos químicos como o fumacê, vem demonstrando maior efetividade nos resultados.
Em Nova Cantu, cidade com população de 5,55 mil na região centro-oeste do Paraná, a epidemia de dengue foi revertida. Após a atividade, realizada com o apoio de profissionais da Secretaria de Estado da Saúde e dos municípios, os índices de incidência e notificação de casos despencaram. Desde final de janeiro, nenhum caso de dengue foi notificado pelo município, que chegou a 589 pessoas doentes, equivalente a 11% da população.
“Estes exemplos são marcantes de resultados reais de ação mecânica, da remoção dos criadouros e do trabalho técnicos das equipes. A queda foi drástica e tivemos sucesso na eliminação dos focos”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto. “Temos que ampliar este trabalho para as demais regiões do estado. Estamos alcançando resultados positivos. Mas precisamos ainda da ajuda de todos”, afirmou. A força-tarefa coordenada pela Secretaria da Saúde foi composta por técnicos do estado e dos municípios da região de Campo Mourão e agentes de endemias e comunitários de saúde.
Números
113.488 casos notificados
44.441 casos confirmados
Incidência de 336,21 para cada 100 mil habitantes
30 mortes
106 municípios em epidemia
47 municípios em situação de alerta
Municípios com maior número de casos suspeitos notificados
Londrina (12.237)
Foz do Iguaçu (9.483)
Maringá (6.626)
Municípios em epidemia
Santa Isabel do Ivaí
Quinta do Sol
Floraí, Barbosa Ferraz
Quatro Pontes
Nova Cantu
Paranapoema
Alto Paraná
Santa Inês
Itaúna do Sul
Douradina
Nossa Senhora das Graças
Santo Antônio do Caiuá
Colorado
Sertaneja
Ângulo
Tamboara
Paranavaí
Guaíra
Florestópolis
Inajá
Uniflor
São João do Caiuá
Itaguajé
Doutor Camargo
Godoy Moreira
Ivaiporã
Braganey
Nova Aurora
Engenheiro Beltrão
Juranda
Paranacity
Porto Rico
Querência do Norte
Nova Aliança do Ivaí
Cruzeiro do Oeste
Diamante do Norte
Iretama, Peabiru
Presidente Castelo Branco
Jacarezinho
Bandeirantes
São Pedro do Paraná
Paraíso do Norte
Atalaia, Ivatuba
Planaltina do Paraná
Porecatu
Xambrê
Cafezal do Sul
Lupionópolis,
Munhoz de Mello
Mirador
Terra Rica
Ourizona
Santa Fé
Indianópolis
Ouro Verde do Oeste
Tupãssi
Alto Piquiri
Jardim Alegre
Loanda
Icaraíma
Cruzeiro do Sul
Nova Olímpia
Iracema do Oeste
Nova Londrina
Santo Inácio
Amaporã
Altônia
Jardim Olinda
Jesuítas, Guairaçá
Marechal Cândido Rondon
Nova Esperança
São Carlos do Ivaí
São Jorge do Ivaí
Foz do Iguaçu
Ivaté
Brasilândia do Sul
Londrina
Alto Paraíso
Umuarama
Guaraci
São Pedro do Ivaí
Tuneiras do Oeste
Perobal
Tapejara
Terra Boa
São Miguel do Iguaçu
Marilena
Maringá
Cianorte
Ibiporã
Jussara
Uraí
Palotina
Sarandi
Rondon
Maria Helena
Nova Santa Bárbara
Flórida
Jataizinho
Paiçandu
Assis Chateaubriand
Pérola
Municípios com casos confirmados na RMC
Almirante Tamandaré
Araucária
Campo Largo
Campo Magro
Colombo
Pinhais
Piraquara
Quatro Barras
Mortes registradas na última semana
Adolescente de 14 anos, de Marechal Cândido Rondon, portadora de doença autoimune
Homem de 33 anos, de Guaíra, sem outra doença associada
Mulher de 45 anos, de Medianeira, com obesidade e artrose
Mulher de 45 anos, de Alto Paraná, com hipertensão e lúpus
Mulher de 66 anos, de Barbosa Ferraz, com diabetes, hipertensão e doença cardíaca
Homem de 72 anos, de Maringá, com doença renal crônica
Homem de 95 anos, de Colorado, com hipertensão arterial
Primeiros sintomas
Febre alta com início súbito
Dor de cabeça
Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento deles
Perda de paladar e apetite
Náuseas e vômitos
Tonturas
Extremo cansaço
Manchas e erupções avermelhadas na pele semelhantes ao sarampo ou rubéola, principalmente no tórax e membros superiores
Moleza e dor no corpo
Dores nos ossos e articulações
Como se prevenir
Não deixe água parada
Destruir os locais onde o mosquito nasce e se desenvolve. Evite sua procriação.
Lixeiras dentro e fora de casa
Mantenha as lixeiras tampadas e protegidas da chuva. Feche bem o saco plástico.
Vasilhas para animais
Os potes com água para animais devem ser muito bem lavados com água e sabão no mínimo duas vezes por semana.
Suporte de garrafão de água mineral
Lave-o sempre quando fizer a troca. Mantenha vedado quando não estiver em uso.
Pratinhos de vasos de plantas
Mantenha-os limpos e coloque areia até a borda.
Coletor de água da geladeira e ar-condicionado
Atrás da geladeira existe um coletor de água. Lave-o uma vez por semana, assim como as bandejas do ar-condicionado.
Plantas que acumulam água
Evite ter bromélias e outras plantas que acumulam água, ou retire semanalmente a água das folhas.
Vasos sanitários
Deixe a tampa sempre fechada ou vede com plástico. Em banheiros com pouco uso, dê descarga pelo menos uma vez por semana.
Baldes e vasos de plantas vazios
Guarde-os em local coberto, com a boca para baixo.
Ralos
Tampe os ralos com telas ou mantenha-os vedados, principalmente os que estão fora de uso.
Garrafas
As garrafas devem ser embaladas e descartadas na lixeira. Se guardadas, devem estar em local coberto ou de boca para baixo.
Lajes
Não deixe água acumular nas lajes. Mantenha-as sempre secas.
Piscinas
Mantenha a piscina sempre limpa, mesmo sem uso. Use cloro para tratar a água e filtre periodicamente.
Calhas
Limpe e nivele. Mantenha-as sempre sem folhas e materiais que possam impedir a passagem da água.
Objetos d’água decorativos
Mantenha-os sempre limpos com água tratada com cloro ou encha-os com areia. Crie peixes, pois eles se alimentam das larvas do mosquito.
Caixas d'água, cisternas e poços
Mantenha-os fechados e vedados. Tampe com tela aqueles que não têm tampa própria.
Cacos de vidros nos muros
Vede com cimento ou quebre todos os cacos que possam acumular água.
Tonéis e depósitos de água
Mantenha-os vedados. Os que não têm tampa devem ser escovados uma vez por semana e cobertos com tela.
Falhas nos rebocos
Conserte e nivele toda imperfeição em pisos e locais que possam acumular água.
Lixo, entulho e pneus velhos
Entulho e lixo devem ser descartados corretamente. Guarde os pneus em local coberto ou faça furos para não acumular água.
Objetos que acumulam água
Coloque num saco plástico, feche bem e jogue no lixo: tampinha de garrafa, casca de ovos, copos descartáveis e outros.
Facilite o controle da doença
Permita sempre o acesso do agente de controle de zoonoses em sua residência ou estabelecimento comercial.