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O colombense Reginaldo Antônio Milani, de 57 anos, é professor de História do Colégio Ivan Ferreira do Amaral Filho, em Campina Grande do Sul, há 30 anos. Morador da Colônia Faria, ele ficou no Seminário dos 14 aos 26 anos de idade, mas decidiu seguir a licenciatura e sempre deu aula em escolas da região.

“Eu nasci e fui criado na Colônia Faria. Meu pai, Lucídio Milani (in memoriam), era Mestre de Ofício na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e minha mãe, Angelina Lídia Coradin (in memoriam), veio de uma família de agricultores, mas enquanto casada cuidava da casa e dos filhos; em casa nós éramos em cinco irmãos, três homens e duas mulheres, todos professores”, conta Reginaldo.

Sobre as lembranças mais marcantes da infância, ele fala que, naquela época, existia mais liberdade. “Nós tínhamos muito espaço e as atividades do dia a dia eram prazerosas. Fazíamos brincadeiras sadias, que hoje não existem mais. Meu avô tinha um armazém, e eu lembro que nós gostávamos de ficar ali ajudando ele”.

Ainda na adolescência, aos 14 anos de idade, ele passou a morar na Casa Paroquial, na Colônia Faria, acompanhado na época pelo padre Carlos Negão. “Eu tinha a ideia e a vontade de seguir a vocação religiosa. Então fiquei por dois anos nessa casa e depois fui para o Seminário de Colombo. De lá, eu segui para o Seminário de São Paulo, onde conclui meu segundo grau e voltei para fazer o curso de Filosofia na UFPR”.

Foi depois da universidade que Reginaldo decidiu ‘mudar os planos’ e começou a atuar como professor. “Eu comecei a dar aula aqui mesmo, no Ivan e no Campos Sales, no ano de 1990. Acredito que a minha ideia de infância, de seguir a vocação religiosa, foi analisada com mais crítica com o passar do tempo”. Em todos os anos de sala de aula, o professor passou também pelos colégios Timbu e Rui Barbosa, de Colombo.

“Tanto no Ivan como no Timbu, eu comecei a trabalhar numa época em que as escolas não estavam totalmente prontas. Então pegamos salas de aulas inacabadas, por exemplo. O estado mandava recursos para a compra de material, mas nós tínhamos que organizar mutirões entre professores, comunidade e pais de alunos para fazer as obras de acabamento. Quando eu comecei, na década de 90, faltava muitas coisas na escola, mas sempre houve um comprometimento por parte da direção em levantar fundos e isso era o que mantinha tudo funcionando”.

Ele lembra que, mesmo em momentos difíceis, houve alunos diferenciados e que marcaram a sua vida como professor. “Há alunos que a gente não esquece pelo comprometimento, garra e vontade de ir além. Muitos, em momentos difíceis, deram resultados positivos. Hoje, ainda há aqueles que se destacam por tal comprometimento, mas sinto que falta vontade da maioria dos alunos em dar continuidade fora daqui, fazer algo a mais do que simplesmente terminar o ensino médio”.

Reginaldo é casado com a campinense Maria de Fátima de Lima Alves e tem dois filhos: o Pedro Felipe, de 21 anos, que estuda Direito e o Bruno Henrique, de 16 anos.

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